Sintomas do Colesterol Alto - O que Você Precisa Saber

Dra. Marina Maia • 17 de agosto de 2024

A dislipidemia,  ou popularmente conhecida como “colesterol alto” é uma condição que envolve alterações nos níveis de lipídios no sangue.  Muitas vezes essas alterações não mostram sinais claros, tornando-a uma condição perigosa, pois aumentam o risco de aterosclerose, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).


Estar atento aos possíveis sintomas e aos impactos dessa condição é crucial para evitar problemas mais graves. 


Na minha prática como cardiologista, vejo muitos pacientes descobrirem a dislipidemia durante exames de rotina. Por isso, uma avaliação precoce é essencial, permitindo intervenções que terão repercussão na saúde ao longo de toda a vida.


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Sintomas de Dislipidemia: O que Observar 

A Dislipidemia é frequentemente assintomática, mas em estágios avançados, podem surgir sintomas secundários à aterosclerose.


Altos níveis de colesterol e triglicerídeos podem levar ao acúmulo de placas nas artérias, obstruindo o fluxo sanguíneo e gerando sintomas como dor no peito, angina, infarto e AVC.


Xantomas e xantelasmas



Uns dos poucos sinais clínicos de colesterol alto são os  xantomas e xantelasmas. Os xantomas são depósitos de gordura que se formam sob a pele, geralmente aparecendo como nódulos ou placas amarelas.


Eles podem surgir em várias partes do corpo, incluindo cotovelos, joelhos, mãos e pés. O xantelasma, um tipo específico de xantoma, manifesta-se como depósitos amarelados ao redor das pálpebras.


Ambos são indicativos de níveis elevados de lipídios no sangue, particularmente colesterol e triglicerídeos.


A presença dessas formações pode não causar dor, mas serve como um sinal clínico importante de dislipidemia, alertando para a necessidade de avaliação médica e manejo dos níveis de colesterol.


Xantomas Tendinosos

Xantomas Tendinosos

Xantomas Eruptivos

Xantomas Tuberoso

Arcos Corneanos


Os arcos corneanos, também conhecidos como arco senil, são anéis opacos ou esbranquiçados que se formam na periferia da córnea, geralmente visíveis na junção entre a córnea transparente e a esclera branca.


Eles são mais comuns em idosos, mas quando presentes em pessoas mais jovens, podem ser um indicativo de colesterol alto.


A formação do arco corneano está associada ao depósito de lipídios na córnea e, embora geralmente não afete a visão, sua presença em indivíduos com menos de 50 anos deve ser investigada como um possível sinal de dislipidemia.


Fatores de Risco e Avaliação da Dislipidemia 


Identificar os fatores de risco é crucial. Estes incluem histórico familiar de dislipidemia, obesidade, alimentação com muita gordura saturada e trans, sedentarismo, tabagismo, e diabetes.


Avaliar esses fatores é parte integrante de um check-up cardiovascular.

Tratamento da Dislipidemia 

O tratamento das dislipidemias visa reduzir os níveis de lipídios no sangue para minimizar o risco de complicações cardiovasculares, para isso elaboramos duas abordagens que são complementares: o tratamento não medicamentoso e o medicamento. 


O tratamento não medicamentoso foca principalmente em alterações no estilo de vida, especialmente na alimentação, para ajudar na regulação dos níveis de lipídios no sangue.


A dieta desempenha um papel crucial e algumas mudanças específicas podem trazer benefícios significativos:

  1. Redução de Gorduras Saturadas e Trans: Estas gorduras estão presentes em carnes gordas,  alimentos industrializados como bolachas, salgadinhos e fast food. Substituir essas gorduras por opções mais saudáveis pode ajudar a reduzir o colesterol.
  2. Aumento de Gorduras Boas: Incluir gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas na dieta, encontradas no azeite de oliva, nozes, sementes e peixes como salmão e sardinha, que são ricos em ômega-3. Essas gorduras ajudam a melhorar os níveis de colesterol HDL e reduzir o LDL e os triglicerídeos.
  3. Redução de Açúcares e Carboidratos Refinados: Diminuir o consumo de açúcares e carboidratos refinados, como pão branco, massas e doces, é importante para controlar os triglicerídeos e o colesterol total.


Além da alimentação, recomenda-se a prática regular de atividade física, que pode melhorar significativamente os níveis de lipídios no sangue e a saúde cardiovascular em geral. 


Quando falamos de tratamento medicamentoso, as estatinas são a classe mais prescrita. Estas medicações são eficazes na redução do colesterol LDL, o mais associado à aterosclerose. Para pacientes que necessitam de redução dos triglicerídeos, os fibratos são a classe mais recomendada. 


Inibidores de absorção de colesterol, como a ezetimiba, são usados para pacientes que necessitam de uma redução mais severa do colesterol, ou que não toleram as estatinas. 


Em casos mais graves, em que as metas de colesterol devem ser muito rigorosas,  podem ser prescritos os inibidores da PCSK9, que são medicações potentes porém com o custo mais elevado. 


A escolha e combinação de terapias deve-se basear no risco cardiovascular de cada indivíduo. Esse cálculo leva em consideração diversos fatores que vão desde a idade, os níveis de colesterol, até a presença ou não de comorbidades e eventos cardiovasculares prévios. 


A Importância do Monitoramento e Tratamento da Dislipidemia

Apesar de frequentemente assintomática, a dislipidemia pode ter impactos significativos na saúde. Reconhecer sintomas e entender sua importância é vital para prevenir complicações sérias.


O acompanhamento regular com um cardiologista é crucial para uma gestão eficaz, prevenindo problemas futuros.


Estou comprometida em ajudar meus pacientes a compreender e gerenciar sua condição de forma proativa, garantindo uma vida saudável e um coração protegido.

Dra. Marina Maia

Cardiologista | CRMSP 219413  RQE 13790

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